redução de custos

UFSM ganha usina de energia solar

Joyce Noronha

Fotos: Renan Mattos (Diário)
O professor Tiago Marchesan (terno azul) explicou, com auxílio do coordenador do projeto de P&D, Daniel Bernardon (à esq.), o presidente da RGE, José Carlos Tadiello, e o reitor, Paulo Burmann (à dir.), como será o funcionamento da Usina Fotovoltaica

O trabalho de redução de gastos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), principalmente com os custos de energia elétrica, ganhou um auxílio na manhã desta terça-feira com a inauguração da Usina de Microgeração Solar Fotovoltaica, que utiliza luz do sol para produzir energia. Em paralelo foi inaugurado, pelo Grupo CPFL, o Sistema de Geração de Energia Fotovoltaica.  

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Os projetos integram o Programa de Eficiência Energética (PEE) e P&D da RGE Sul, que investiu R$ 5,73 milhões em ações que reduzem o consumo e a demanda por energia elétrica da UFSM.

A energia produzida pelas 360 placas fotovoltaicas vai ser usada na universidade. Segundo o reitor, Paulo Burmann, a instituição paga R$ 1,1 milhão, mensalmente, de energia elétrica, o que soma R$ 13,2 milhões por ano. Com a usina, a estimativa é reduzir em R$ 140 mil anuais os gastos com luz.


Outra ação do CPFL em busca de reduzir os gastos foi a substituição de 1.356 lâmpadas fluorescentes da UFSM por lâmpadas com tecnologia LED. A estimativa é reduzir em 50% o consumo de energia elétrica nos pontos que tiveram os itens trocados.

O diretor do Centro de Tecnologia, professor Tiago Marchesan, explica que na usina está o Painel de Controle e Monitoramento, que vai acompanhar a geração e o consumo de energia. Além disso, há um sistema integrado às lâmpadas da Avenida Roraima que vai calcular o consumo de cada item, a hora que acendem e apagam, bem como quando uma lâmpada está queimada (leia mais abaixo).

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A UFSM iniciou tratativas com a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacism) para instalar este tipo de sistema às lâmpadas da Avenida Rio Branco, mas ainda não há previsão quando será feita a instalação programa na cidade. Marchesan reforça que as tratativas são muito iniciais e que o projeto vai expandir e ser testado dentro da própria UFSM.

ALÉM DAS FINANÇAS
Durante a cerimônia, o reitor reforçou que as parcerias com o CPFL, a RGE Sul e a RGE possibilitam mais do que o auxílio à gestão da universidade, pois torna-se um caminho de formação de profissionais mais capacitados. 

_ Ao longo do processo ficou evidente a importância da integração de setores de pesquisa, ensino, técnicos da instituição e da gestão. A gestão ficou focada na sua responsabilidade social e econômica. E esse grupo passou a estudar a possibilidade de aglutinar a sua pesquisa, que já vinha desenvolvendo a partir de engenheiros pesquisadores do Centro de Tecnologia, com os financiadores dos projetos _ contou Burmann.

Outro fator da usina é uso de energia limpa e renovável. Conceitualmente, energia limpa é aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global.


ECONOMIA
O diretor do Centro de Tecnologia (CT) da UFSM, professor Tiago Marchesan, apresentou o Painel de Controle e Monitoramento durante a inauguração e mostrou como será o acompanhamento dos projetos com a Usina de Geração de Energia Fotovoltaica. É por meio destes monitores que é possível entender o consumo de energia das lâmpadas instaladas na Avenida Roraima.

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Marchesan conta que o CT deverá receber o sistema até março de 2019 e o plano é instalar o programa, aos poucos, para os Centros Educacionais e demais prédios da universidade, para que seja possível ter uma ideia mais real do consumo de energia elétrica da UFSM.

MONITORAMENTO
Por enquanto, o Painel de Controle e Monitoramento registra quantos quilowatts (kW) a usina produz e quanto é repassado para os prédios da UFSM. Ele explica que, diferentemente do as pessoas creditam, não basta apenas ter luz solar para que as placas fotovoltaicas produzirem energia e que há uma lista de condições específicas.  

_ Os melhores dias são os com temperaturas não tão altas e incidência solar. Altas temperaturas prejudicam as placas, por isso é preciso o monitoramento constante _ diz Marchesan.

A sala de controle também acompanha em um mapa as regiões do Rio Grande do Sul que são mais propícias para a instalação de placas fotovoltaicas e com melhor geração de energia..

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